Dia 14 de Julho
Eu estava sentada na praça de alimentação do shopping te esperando.
Borboletas reviravam no meu estômago. Olhadelas para todos os cantos. A ansiedade para te encontrar batia forte. Mal escutava o que as pessoas falavam ao meu redor, a minha mente estava muito distante dali.
De repente, vi você saindo da escada rolante, olhava para os lados, perdido, procurando um olhar familiar.
Levantei e fui ao seu encontro. O coração batendo rápido, as borboletas voando mais agitadas, minhas mãos suando e meu corpo tremendo. Você sorriu ao me ver, e o meu sorriso aumentou ainda mais de proporções.
Eu estava tão, tão, mas tão feliz de te ver!
Seu cabelo estava diferente da última vez, e minhas mãos quase se moveram sozinhas para acariciarem ele.
Te abracei primeiro. A sensação das suas mãos em volta de mim, me apertando forte, me fez sentir segura. Depois o beijo. Por meros segundos tudo apagou ao meu redor, era só eu e você. E nada mais importava.
Voltamos para a mesa e conversamos.
Algum tempo depois, estiquei o pé para frente, e você me envolveu com os seus. Lembrei dos nossos vários almoços juntos.
A sensação era tão familiar, tão confortável... Tudo me deixava cada vez mais feliz...
A sensação era tão familiar, tão confortável... Tudo me deixava cada vez mais feliz...
Depois um filme. Lembra do nosso primeiro filme? Eu estava tão nervosa ao seu lado, que quase não prestei atenção no que passava na grande tela à nossa frente. Mas dessa vez foi diferente. Ficamos o tempo todo de mãos dadas. Às vezes eu olhava para você, e você retribuía o olhar com uma piscadela. Me deixava tão feliz saber que você estava ali do meu lado...
No final da noite, você foi embora. Hoje fez um ano desde o primeiro encontro. Ainda lembro de você vindo na minha direção pela primeira vez. Lembro das roupas que usava, lembro do sorriso estampado no seu rosto, lembro da minha gigantesca vergonha. Lembro de passar o primeiro dia sem falar quase nada.
Que diferença de hoje, não é? Agora não paro nunca de falar...
Meu coração bateu mais devagar, numa melodia triste de adeus.
Não queria te deixar de novo, cada vez era um pedaço da minha alma que ia embora.
Era confuso. A felicidade invadia cada pedaço do meu ser só por você estar ali na minha frente, mas saber que você partiria novamente... Me fazia pensar se eu aguentaria até a próxima vez...
Lágrimas fluem só de pensar no tempo e na distância que nos separam do próximo abraço.
Mas é a vida, não é mesmo?
Vicky